O Brasil tem 15% do potencial global de captura de carbono por meios naturais.

Além disso, o custo brasileiro para desenvolver e colocar em prática projetos para obtenção de créditos de alta qualidade é menor e mais competitivo que a média global.

Aqui, cabe distinguir dois tipos de mercados de carbono, o regulado e o voluntário. O regulado foi criado em 1997 com o Protocolo de Kyoto, quando estabelecidas obrigações legais para países e empresas compensarem suas emissões de carbono.

No mercado voluntário, a geração, precificação e a venda de créditos são independentes e seguem padrões de certificadoras globais. Esse mercado voluntário é utilizado por empresas e indivíduos que pretendem compensar suas emissões além da meta de redução dos países no acordo internacional mencionado.

No Brasil, o mercado regulado está em processo de normatização e o mercado voluntário começa a funcionar.

No cenário global, o mercado de créditos de carbono deve crescer de U$ 1 bilhão em 2021 para pelo menos U$ 50 bilhões em 2030. No Brasil, esse mercado pode movimentar de U$1,5 bilhão a U$ 6 bilhões.

O potencial e a importância do Brasil para que sejam atingidas as metas de descarbonização globais são inegáveis, assim como a oferta de créditos de carbono de alta qualidade é uma grande oportunidade para o desenvolvimento do país.

Trata-se de tema de grande relevância, ao qual voltaremos oportunamente.